terça-feira, 27 de novembro de 2012



PLÁGIO EM TRABALHOS ACADÊMICOS


Esta semana, um colega me ligou para me dizer que sua tese foi vítima de plágio. Ele me relatou que, na época da  produção da tese, esteve hospitalizado, além do processo de quimioteria. A superação da doença e o desejo de continuar o curso de Ciência da Informação foram os estímulos para escrever, mesmo em uma cama de hospital. Com passar do tempo, depois de sua defesa, uma de suas orientandas trouxe um artigo encontrado na internet que era uma cópia legítima de seu texto. Bem, sentimos a necessidade de trazer esta questão que envolve legislação e, acima de tudo, o princípio ético.



Este vídeo é um debate sobre a temática e um desejo de socializar essa discussão.

terça-feira, 20 de novembro de 2012




Foto: HO HO HO HO

(via Nayara Thais)


Fim de ano, uma boa hora para começar um curso de língua estrangeira, vejam a sugestão.



Um bom estudante precisa ser determinado, ter uma boa formação e buscar adquirir competências múltiplas. Dentre essas competências, a aprendizagem de uma nova língua é necessária para facilitar a leitura de referenciais que auxiliam a compreensão do objeto estudado. No Brasil, não é fácil estudar um curso de língua estrangeira gratuitamente, mas  há a possibilidade de buscar o conhecimento pela internet. Escolha a língua que deseja estudar.



BUSUU - Aprender idioma online grátis


Aprenda inglês on-line
Aprenda inglês on-line
Inglês é considerada a língua mais falada no mundo! Em busuu.com você pode aprender inglês on-line com uma fantástica seleção de material didático. Saiba mais sobre nossos cursos de inglês online ou teste nossos exercícios de inglês !
Aprenda espanhol on-line
Aprenda espanhol on-line
O espanhol é a segunda língua mais estudada no mundo. Com busuu.com você pode aprender de onde você quiser e acompanhar o seu progresso. Experimente nossos exercícios interativos. Saiba mais sobre nossos cursos de espanhol online ou teste nossos exercícios de espanhol!
Aprenda francês on-line
Aprenda francês on-line
O francês é falado como língua nativa, em mais de 25 países. Aprenda de graça com busuu.com e conecte-se diretamente com nativos para praticar suas habilidades linguísticas. Saiba mais sobre nossos cursos de francês online ou teste nossos exercícios de francês!
Aprenda alemão on-line
Aprenda alemão on-line
O alemão é a língua mãe mais falada na Europa, com mais de 100 milhões de nativos. Cadastre-se gratuitamente em busuu.com e experimente nosso material de aprendizagem. Saiba mais sobre nossos cursos de alemão online ou teste nossos exercícios de alemão!
Aprenda italiano on-line
Aprenda italiano on-line
Aprenda italiano, o idioma da arte e da moda, com nossos cursos interativos gratuitos. Nós oferecemos mais de 150 unidades didáticas audiovisuais combinadas com o contato direto com usuários italianos nativos. Saiba mais sobre nossos cursos de italiano online ou teste nossos exercícios de italiano!
Aprenda Japonês Online
Aprenda Japonês Online
Japonês é a língua materna de mais de 130 milhões de pessoas e o décimo idioma mais falado do mundo. Ela é falada sobretudo no Japão, a terceira maior economia do mundo. Aprenda Japonês gratuitamente no busuu.com. Descubra mais sobre nossos cursos online ou experimente nossos exercícios de Japonês!
Aprenda português on-line
Aprenda português on-line
O português é a 7° língua mais importante do mundo, falada por mais de 240 milhões de pessoas. Junte-se gratuitamente ao busuu.com e experimente nossas lições de português interativas. Saiba mais sobre nossos cursos de português online ou teste nossos exercícios de português!
Aprender russo online
Aprender russo online
O idioma russo é falado por mais de 278 milhões de pessoas! No busuu.com você poderá aprender o alfabeto cirílico e experimentar gratuitamente nosso material interativo de russo. Saiba mais sobre os nossos cursos de russo online ou experimente os exercícios!
Aprenda polonês online
Aprenda polonês online
Polonês é a língua materna de 46 milhões de pessoas, sendo o 21° idioma mais falado do mundo. Aprenda gratuitamente o polonês, uma língua eslava que usa o alfabeto latino. Informe-se sobre o nosso curso de polonês on-line ou experimente os nossos exercícios em polonês!
Aprenda turco online
Aprenda turco online
O idioma turco é falado por 77 milhões de pessoas tornando-o a língua de origem turca mais falada do mundo. Aprenda gratuitamente no busuu.com o turco moderno, caracterizado pela harmonia entre as vogais e o alfabeto latino. Informe-se sobre o nosso curso de turco on-line ou experimente os nossos exercícios em turco!
Aprenda Árabe Online
Aprenda Árabe Online
O Árabe é a língua materna de mais de 500 milhões de pessoas, o 4° idioma mais falado do mundo e também uma das seis línguas oficiais das Nações Unidas. Aprenda Árabe gratuitamente no busuu.com. Descubra mais sobre o nosso curso de Árabe ou experimente nossosexercícios em Árabe!
Aprenda Chinês (Mandarim) online
Aprenda Chinês (Mandarim) online
O Chinês é a língua materna de um quarto da população mundial representando mais de 1,34 bilhões de falantes de Chinês. Isso torna o Chinês o idioma mais falado no mundo. A China tem a segunda maior economia do mundo e o segundo PIB mais alto do planeta depois dos Estados Unidos. Saiba mais sobre o nosso curso de Chinês (Mandarim) online ou experimente nossos exercícios de Chinês!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Por que democratizar a escrita no Ensino Superior?



A universidade, a pesquisa e o acesso ao conhecimento e à produção de novas informações evoluem a cada dia. Anteriormente voltados à formação de profissionais para o ingresso no mercado de trabalho, os cursos superiores, hoje, respondem a múltiplas demandas do governo e da sociedade de nosso tempo. Multiplicam-se, igualmente, as agências de fomento e as empresas que investem em pesquisa, todos estes pautados pela excelência dos projetos e pela produtividade do pesquisador. Como consequência, a produção escrita de textos como resumo, resenha, ensaio, artigo é bastante solicitada.
Na universidade, a produção e a sistematização do conhecimento são mais complexas do que nos níveis da escola básica, consequentemente a leitura e a produção de textos exigem uma formalidade maior do que dos gêneros desenvolvidos no nível anterior. Essa problemática vem sendo discutida em vários congressos e é pauta de reunião de curso nas universidades como uma manifestação de preocupação em relação à competência linguística dos alunos na modalidade escrita.
Nessas discussões, a busca de explicações são as mais diversas: a educação básica como a raiz do problema, cujo ensino de língua é voltado para exercícios padronizados e repetitivos; uso exclusivo do livro didático no ensino fundamental e médio; má formação do professor, entre outras proposições. Além dessa frágil formação de leitor e produtor de textos, o universitário se depara com a cultura da leitura fragmentada de textos, a leitura de xerox sem as indicações da obra ou com páginas faltando. Se a maioria não domina os gêneros ensinados na escola básica, quiçá os gêneros acadêmicos, completamente estranhos a ela, mesmo que haja um esforço considerável do corpo discente, há um baixo desempenho nas atividades de interpretação e produção de textos.
Outro aspecto que vale ser lembrado é que, na década de 90, havia uma cobrança menor com relação à produção textual para publicação por parte de alunos e professores, diferentemente do que acontece hoje  nas várias áreas de conhecimento cuja divulgação docente e discente é essencial para o avanço no processo de sedimentação em vários campus do saber, considerada como o retorno esperado das Bolsas de Iniciação Científica e de Pós-Graduação e dos Projetos de Pesquisa que são financiados pela própria Universidade ou por órgãos de fomento, uma vez que é a forma mais adequada para socializar essa modalidade de conhecimento.
Entretanto, a tarefa de redigir um texto para ser publicado ainda impõe um grande desafio para a maioria daqueles envolvidos com produção do conhecimento em instituições dedicadas à ciência e à educação. Essa dificuldade de escrita é comumente visível na construção de monografias ou trabalhos de conclusão de curso (TCC) na graduação e extrapola para os cursos de mestrado e de doutorado.
Percebemos, nessa etapa final da graduação quando o aluno se depara com a construção da monografia ou TCC, um trabalho solitário do orientador que precisa sanar dificuldades tipicamente linguísticas ou de caráter cientifico. É importante dizer que em alguns cursos de graduação não há sequer uma disciplina de língua portuguesa, por exemplo, no curso de Biologia, como se escrever fosse apenas atividade do curso de Letras.
No contexto acadêmico, a compreensão dos valores e categorias com as quais várias disciplinas trabalham em torno do objeto de estudo é condição essencial para saber o  que pode ser dito ou não, como, quando, quem diz,  a quem dizer. Portanto, a produção de texto é solicitada desde o ingresso do aluno na academia e não apenas nos últimos semestres dos cursos e, talvez, seja por essa razão que recentemente  pesquisadores preocupados com a linguagem em uso produzem  textos (manuais) disponibilizando a professores de língua vernácula uma possibilidade de  material didático que leva o aluno a se adequar a essa nova comunidade discursiva.
Essa adequação gera bastante discussão, pois se refere à submissão às normas do discurso acadêmico, tais como cuidado formal, coerência global, propósito comunicativo frequentemente limitado apenas para obtenção de nota, reforço de convenções discursivas canônicas da linguagem escrita e isso pode tentar moldar os textos, em contrapartida, se não atender às normas que vigoram nessa comunidade científica,  há possibilidade de ver seu texto ser rejeitado.
Nesse cenário, desconhecendo total ou parcialmente as convenções comunicativas/pragmáticas da produção dos discursos da comunidade acadêmica, nem sempre o aluno consegue se engajar nesse contexto de produção e isso talvez possa ser um dos fatores de desistências nos diversos cursos.  A partir dessa reflexão, consideramos que se pode buscar explicações que colaborem para o ensino dos gêneros acadêmicos já que estes demandam uma descrição dos elementos linguísticos, mas sobretudo dentro de um contexto. É pertinente notar que Mikhail Bakhtin (1929/1995), Marxismo e Filosofia da Linguagem, refere-se a uma ordem teórico-metodológica para o estudo da língua que parte do contexto para o texto,  um ensino de linguagem centrado nas práticas da leitura e da produção de texto e não mais na gramática. Assim, concordando com a ordem teórico-metodológica desse autor, consideramos que o ensino de produção textual deve começar pela identificação do contexto social, passando pelos gêneros até chegar às formas gramaticais.
 Ao aprender os gêneros que estruturam um grupo social com uma dada cultura, o aluno aprende maneiras de participar nas ações de uma comunidade e parece ser esse o desafio como professores de língua em sala de aula podem ensinar a escrever na academia  e como a interação verbal e a transposição didática podem colaborar nesse processo, ou seja, uma preocupação  com  as transformações que um saber sofre quando passa do campo científico para a escola.
Vale ressaltar que a prática pedagógica é produto da relação dialética entre uma situação e um habitus escolar, que torna possível a realização de várias tarefas diferentes. Habitus  é originado em Bourdieu[1] (1994), mas repensado por Setton (2002, p. 69) e compreendido
como um sistema flexível de disposição, não apenas visto como a sedimentação de um passado incorporado em instituições sociais tradicionais, mas um sistema de esquemas em construções, em constante adaptação aos estímulos do mundo moderno; habitus como produto de relações dialéticas entre uma exterioridade e uma interioridade; habitus visto de uma perspectiva relacional e processual de análise, capaz de apreender a relação entre indivíduo e sociedade, ambos em processo de transformação.

Baseando-nos nesse conceito de habitus, aguçamos nossa inquietação, pois muitos trabalhos já foram desenvolvidos no exterior e no Brasil a respeito dos gêneros típicos da academia, a saber: trabalhos que analisam  resenha, resumo, introdução dos textos, uma valorosa contribuição para a linguística e para a linguística aplicada, no entanto não conhecemos nenhum trabalho na esfera universitária que busque analisar os vários fatores, linguísticos ou não, que interferem no processo de ensino e aprendizagem de textos escritos na universidade brasileira. Se você conhece trabalhos que se preocupam com a escrita acadêmica, compartilhe conosco, porque este é um passo para democratizar o letramento no Ensino Superior.



[1] Conforme Bourdieu (1994, p. 65) “como um sistema de disposições duráveis e transponíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações”.

Mapa